Procissões


Traslado dos Carros

Instituída como procissão no final de 2019, por sugestão do então Arcebispo de Belém, Dom Alberto Taveira Corrêa, juntamente com a Diretoria da Festa, a romaria deveria ter ocorrido pela primeira vez no Círio de 2020. No entanto, em razão da pandemia, isso não foi possível, tampouco em 2021. Sua estreia aconteceu apenas em outubro de 2022, passando a integrar oficialmente o calendário como a primeira das 14 romarias oficiais.

A procissão acontece sempre na quarta-feira que antecede a grande procissão de domingo e um dia antes da apresentação do Manto, com saída da Basílica Santuário e chegada no Porto Futuro.

Nela são transportados o Carro de Plácido, a Barca dos Escoteiros, a Barca Nova, quatro Carros dos Anjos, o Cesto de Promessas, a Barca com Velas, a Barca Portuguesa, a Barca com Remos, o Carro Dom Fuas e o Carro da Sagrada Família.

FOTO: Soraya Montanheiro


Traslado para Ananindeua

Um percurso de 47 quilômetros marca a segunda romaria oficial da programação do Círio: o Traslado para Ananindeua, na Região Metropolitana de Belém. O cortejo acontece na sexta-feira que antecede o segundo domingo de outubro e é o mais extenso e de maior duração de toda a festividade, chegando a cerca de 12 horas.

Milhares de fiéis acompanham a romaria correndo, de bicicleta, motocicleta, carro, ou aguardam a passagem da Imagem nas calçadas das ruas e rodovias que fazem parte do percurso. Ao longo do trajeto, Nossa Senhora de Nazaré recebe inúmeras homenagens e são realizadas algumas paradas especiais.

A primeira delas é uma das mais emocionantes: acontece em frente ao Hospital Ophir Loyola, referência no tratamento oncológico de crianças e adultos, localizado na Avenida Magalhães Barata. Ali, pacientes aguardam em um espaço preparado especialmente para que possam saudar a Imagem da Virgem de Nazaré.

O primeiro Traslado para Ananindeua aconteceu no Círio de 1992.


FOTO: Soraya Montanheiro


Romaria Rodoviária

Realizada na véspera do Círio, a Romaria Rodoviária conduz a Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Nazaré da Igreja Matriz de Ananindeua até a orla de Icoaraci. Ao longo do percurso, que tem cerca de 24 quilômetros, diversas homenagens são prestadas pelos fiéis, com destaque para a queima de fogos em vários trechos. A chegada ao trapiche costuma ocorrer por volta das 8h da manhã, quando a imagem segue para dar início à Romaria Fluvial.

A Romaria Rodoviária foi criada em 1986, com o objetivo de aproximar ainda mais as comunidades de Ananindeua e Icoaraci da grande festa da fé mariana. Desde então, tornou-se parte do calendário oficial do Círio de Nazaré, reunindo milhares de devotos que participam a pé, em veículos ou aguardam a passagem da imagem ao longo das ruas e avenidas. Com o tempo, a procissão se consolidou como uma das mais emocionantes do fim de semana do Círio, pois simboliza o elo entre a devoção popular, a fé e a chegada da Imagem Peregrina à beira do rio, de onde segue para Belém em cortejo pelas águas da Baía do Guajará.


FOTO: Yêda Sousa

Romaria Fluvial

Ela está entre as mais belas romarias da programação do Círio. O percurso pelas águas da Baía de Guajará corresponde a aproximadamente 18 Km, até a Praça Pedro Teixeira. A embarcação da Marinha do Brasil leva a Imagem Peregrina em um nicho, seguida por centenas de embarcações de todos os tipos e tamanhos. Em muitas delas é celebrada a santa missa, com momentos de espiritualidade e muito louvor. A primeira Romaria Fluvial foi realizada pela então Companhia Paraense de Turismo em 1986. Na chegada, na escadinha (Praça Pedro Teixeira), Imagem é recebida com honras de Chefe de Estado, pela Polícia Militar, fato que se repete desde 1999, motivado pela Lei Estadual nº 4.371, de 15 de dezembro de 1971, que proclamou a Virgem de Nazaré Padroeira do Pará, Rainha da Amazônia e merecedora dessa grande honraria.

FOTO: Soraya Montanheiro.


Moto Romaria

Após a chegada da Romaria Fluvial na Escadinha do Cais do Porto, os romeiros se integram aos motociclistas que aguardam a Imagem para conduzi-la na Moto Romaria até o Colégio Gentil Bittencourt. Num percurso de 2,6 quilômetros, centenas de motociclistas fazem a escolta da Imagem em um estrondoso cortejo que toma conta das ruas de Belém. A romaria foi criada em 1990 pela Federação Paraense de Motociclismo, que decidiu prestar sua homenagem.


FOTO: Karol Coelho

Trasladação

Na noite do sábado, véspera do Círio, milhares de fiéis participam da procissão conhecida como Trasladação, que no passado era chamada de Antecírio. Com saída do Colégio Gentil Bittencourt, logo após a missa, os romeiros acompanham a Imagem Peregrina em direção à Catedral de Belém, percorrendo o mesmo trajeto do Círio, mas em sentido inverso. O cortejo é considerado por muitos um dos momentos mais tocantes de todo o Círio.

A primeira Trasladação remonta ao período colonial. Foi promovida pelo então governador do Grão-Pará, Francisco de Souza Coutinho, junto com o capelão do Palácio do Governo, padre José Roiz de Moura, quando a imagem de Nossa Senhora de Nazaré foi levada da Igreja Matriz até a capela do Palácio. Com o tempo, esse traslado ganhou caráter popular e passou a integrar oficialmente a programação do Círio.

Atualmente, a Trasladação é a segunda maior romaria do Círio de Nazaré, reunindo centenas de milhares de pessoas pelas ruas de Belém. Sua atmosfera singular, com a cidade iluminada por velas e cânticos marianos, faz dela um símbolo de fé, devoção e memória histórica, conectando a tradição do século XVIII às manifestações contemporâneas da maior festa religiosa do Brasil.

FOTO: Salim Wariss


Círio de Nazaré

No segundo domingo de outubro, Belém se transforma no coração da fé amazônica. Mais de dois milhões de pessoas, vindas de todas as partes do Brasil e do mundo, se unem em uma única voz para homenagear Nossa Senhora de Nazaré, na maior manifestação religiosa do país e uma das maiores do planeta.

A procissão percorre 3,6 km, saindo da Catedral da Sé, no bairro da Cidade Velha, até a Praça Santuário de Nazaré. Cada passo é marcado por lágrimas, cânticos, promessas e gestos de gratidão, em uma caminhada de fé que emociona até mesmo quem apenas assiste à passagem da Berlinda.

A primeira procissão ocorreu na tarde de 8 de setembro de 1793, e a partir de 1854 passou a ser realizada pela manhã. Em 1882, por decisão do bispo Dom Macedo Costa, em acordo com o presidente da Província, Dr. Justino Ferreira Carneiro, ficou definido que a saída oficial seria da Catedral, como acontece até hoje. Finalmente, em 1901, estabeleceu-se que o Círio aconteceria sempre no segundo domingo de outubro.

Mais do que uma procissão, o Círio é um encontro de fé e emoção, onde milhões de corações se entregam à proteção da Mãe de Nazaré, em um espetáculo único de devoção que faz da Amazônia o palco de uma das maiores expressões de religiosidade do mundo.

FOTO: Soraya Montanheiro


Ciclo Romaria

No sábado posterior ao Círio de Nazaré, pela manhã, acontece a Ciclo Romaria, com saída da Praça Santuário de Nazaré. Todos os anos o trajeto percorrido é diferente, definido dois meses antes do Círio. Muitos ciclistas enfeitam suas bicicletas para participar do cortejo e ao final é feita a escolha das três melhores, que recebem premiação. A romaria dos ciclistas foi criada depois do pedido da Federação dos Ciclistas do Pará e da Associação dos Ciclistas de Icoaraci, em 2004.


FOTO: Salim Warris


Romaria da Juventude

É a vez da juventude homenagear a Rainha da Amazônia. A procissão é animada por um trio elétrico, um momento de confraternização entre jovens de paróquias e comunidades da Arquidiocese de Belém, o que faz desta Romaria uma das mais animadas. Ela começou a ser realizada em 2001, com a procissão saindo da Comunidade São Braz, que integra a Paróquia de Nazaré. A cada ano, uma Igreja da Arquidiocese de Belém é escolhida para ser a anfitriã do evento e ponto de saída da romaria. Na chegada é celebrada a Santa Missa na Praça Santuário.


FOTO: Yêda Sousa

Romaria das Crianças

No primeiro domingo após o Círio de Nazaré é a vez das crianças irem às ruas prestar suas homenagens a Nossa Senhora. A Romaria, criada com o objetivo de construir e fortalecer a devoção mariana entre os pequenos, sai e retorna à Praça Santuário, percorrendo algumas ruas do bairro de Nazaré. A Imagem Peregrina é levada na berlinda, acompanhada pelos Carros dos Anjos. A animação fica por conta de bandas musicais compostas por crianças e jovens de municípios do estado e também de um coral que é formado especialmente para a homenagem. A primeira Romaria foi realizada em 1990.


FOTO: Salim Warris


Romaria dos Corredores

Em 2014, mais uma romaria oficial foi incorporada ao calendário da grande festa do Círio de Nazaré: a Romaria dos Corredores. O percurso tem aproximadamente 8 km, com início e chegada na Praça Santuário. O evento não tem caráter competitivo, não há cronometragem nem premiação, sendo realizado em ritmo de trote, uma corrida leve e contemplativa.

A iniciativa surgiu a partir de uma comitiva de corredores de rua da capital paraense, que encaminhou a proposta, posteriormente aprovada pela Arquidiocese de Belém e pela Diretoria da Festa.

FOTO: Soraya Montanheiro.

Romaria da Acessibilidade 

Lançada em agosto de 2023 pela Diretoria da Festa de Nazaré (DFN), a 14ª procissão do Círio de Nazaré, a Romaria da Acessibilidade foi idealizada para o público que tem algum tipo de deficiência ou mobilidade reduzida. Era uma antiga reivindicação de devotos que gostariam de participar do Círio, mas tinham receio devido ao longo trajeto ou ao grande número de devotos das outras romarias.

FOTO: Osmarino Souza


Procissão da Festa

Na manhã do segundo domingo após o Círio acontece a Procissão da Festa, a penúltima Romaria Nazarena e a terceira romaria mais antiga da festividade, depois do Círio e da Trasladação. A procissão é acompanhada pela Diretoria da Festa e comunidades da Paróquia de Nazaré. O percurso é diferente a cada ano para poder abranger todas as comunidades que integram a Paróquia. A imagem Peregrina segue em um andor. Não se sabe precisamente quando a primeira Procissão da Festa foi realizada, mas em 1881 já se tem registros históricos, 24 anos antes dos Barnabitas assumirem a Paróquia de Nossa Senhora de Nazaré do Desterro, em 1905.

FOTO: Soraya Montanheiro


Recírio

Quinze dias após o Círio, em uma segunda-feira, acontece o momento que encerra toda a Festividade Nazarena, com o Recírio. A procissão começa após a missa na Praça Santuário, quando a Imagem Peregrina é conduzida em direção à Capela do Colégio Gentil Bittencourt. A primeira procissão do Recírio remonta a metade do século XIX, mas precisamente o ano de 1859.

FOTO: Salim Warris

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